Já se sabia que, pelo menos, um português estava garantido nos quartos de final do Indoor Oeiras Open II, com a mesma certeza de seria um do tenista que treina no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis (FPT). Afinal, Henrique Rocha e Frederico Ferreira Silva eram os protagonistas deste duelo 100% nacional do segundo de três ATP Challenger promovidos pela FPT no Jamor, neste mês de janeiro.
Agora o que não se sabia era que, no court 1 da nave do complexo, ia testemunhar-se a uma batalha de três tiebreaks, match points salvos e quase quatro horas de encontro, mais precisamente 3.35 horas. Mas foi assim, com os parciais de 6-7 (3/7), 7-6 (7/3) e 7-6 (7-5), que Frederico Silva (307.º) celebrou o triunfo, sem euforias, e o acesso à 32.ª presença nos quartos de final da carreira em nível challenger, a primeira desde 2023 em Troisdorf quando conquistou o quarto título desta categoria.
Até lá chegar, o campeão nacional absoluto salvou cinco match points. Três no 5-2 do segundo set e mais dois no jogo seguinte. A experiência do esquerdino, de 29 anos, prevaleceu aí e Rocha, nove anos mais novo, não parou de lutar, mas não o suficiente para contrariar o ascendente daquele que ainda é o único português a ter ganho títulos do Grand Slam nos pares juniores do US Open e Roland Garros.
O tenista das Caldas da Rainha vai medir forças com o norte-americano Mackenzie McDonald, 130.º da hierarquia em que já foi 37.º e que lhe ganhou em 2021 em Nur-Sultan.