Henrique Rocha, que é um dos jogadores da equipa treinada no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, no Jamor, vai estar competir em casa no Oeiras Open 4. Em singulares e, mais ainda, em duplas, pois terá como parceiro o irmão mais velho, Francisco Rocha, afastado na ronda inaugural da qualificação, mas campeão nacional da variante.
“Às vezes chateamo-nos um bocadinho, mas fico muito contente por jogar com ele [risos]. Agora a sério, é incrível ter oportunidade de partilhar campo com o meu irmão, especialmente nos pares, divirto-me muito”, afiançou o número três luso que, enquanto aguarda pelo desfecho do qualifying de onde virá o primeiro de singulares, vai entrar em ação, esta terça-feira, nos pares ao lado do irmão Francisco, de 25 anos, quatro mais velho. Do outro lado da rede, os portuenses vão encontrar o duo quarto favorito, formado pelo brasileiro Marcelo Demoliner e o neerlandês Matwe Middelkoop.
A aposta de carreira de Henrique, 204.º do ranking mundial, é todavia nos singulares, variante na qual tem estado a meio-gás em virtude de ser encontrar a recuperar de lesão abdominal. “A semana passada, por precaução, não viajei para Monza. Esta semana, estou bem, senti-me bem a jogar no centralito nos treinos, estou bem preparado”, garante Henrique. “É um torneio em casa, posso dormir onde durmo todos os dias e descansar junto dos meus amigos e família que, aliás, estiveram cá a passar o fim de semana. Vamos jogo a jogo e ver no que dá”, acrescentou sem grandes promessas o tenista que, em 2024, integrou o elenco das NextGen Finals de Jidá, destinado aos oito melhores jovens da temporada.
Rocha não esconde que, aliado ao conforto do fator casa, também há algum… desconforto. “Ao mesmo tempo, dá um pouco mais nervosismo, sobretudo nas primeiras rondas. Toda a gente nos reconhece, cumprimenta. Isto é muito bom, claro, mas assumo que me deixa mais nervoso. Tenho que fazer o exercício de me focar no que tenho para fazer, levar a partida como quero e gosto. No fundo, é uma luta contra nós mesmos”, reflete, sem dramatismo. “Sinto-me bem e preparado.”
Elemento do CAR, o portuense não ficou indiferente ao resultado das amigas Francisca Jorge e Matilde Jorge, também parte dessa família, ao serviço da Seleção Nacional na Billie Jean King Cup, a par de Inês Murta e Angelina Voloshchuk. Prestou-lhes homenagem nas redes sociais e os parabéns também saíram pontos na conversa. “Não eram as favoritas, mas formam uma grande equipa e dão-se todas muito bem. Nestas competições, é importante ter esse espírito de equipa. Não podia estar mais feliz por elas”, vincou.
(Foto: Beatriz Ruivo/FPT)