A felicidade de duas vitórias na estreia em singulares e nos pares no Oeiras CETO Open estava estampada no rosto de Francisca Jorge. Terminada minutos antes a partida de início da defesa do título de pares neste ITF W100, ao lado da irmã Matilde Jorge, a vimaranense reconheceu jornada de missão cumprida… duplamente.
“Sinto que entrei bastante bem, com bom nível e a fazer as coisas certas e ela, se calhar, estava mais apagada. Penso que entrou a respeitar-me muito ainda”, começou por dizer a 277.ª mundial sobre Angelina Voloshchuk, compatriota e companheira de Seleção Nacional que afastou com 6-0 e 6-4. “O segundo set, foi mais taco a taco. Acredito que estive melhor e também mereci a vitória”, reforçou, sem pejo, não obstante os elogios a Angelina, sete anos mais nova.
“Temos respeito mútuo. Quando encaixa a resposta, a Angelina é perigosa, como se viu nos meus jogos de serviço que se tornaram difíceis de fechar no segundo set, mas fiz o meu trabalho”, acrescentou a octocampeã nacional.
A vasta experiência, apesar dos 25 anos acabados de completar segunda-feira, mantém a serenidade no discurso da tenista que integra a equipa treinada no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis que vai defrontar a eslovena Tamara Zidansek (155.ª), antiga semifinalista de Roland Garros e 22.ª mundial. “Não conheço muito, não vi jogar muitas vezes. Acho que é uma tenista mais de terra batida, mexe-se bem e é atlética, penso que vai ser um bom jogo. Ela é mais experiente, mas tenho o fator casa a favor. Tem vindo gente apoiar e isso é positivo. Vou agarrar-me ao que posso controlar, vai ser duro, mas eu aguento”, desdramatizou.
(Foto: Beatriz Ruivo/FPT)