Francisco Cabral e o austríaco Lucas Miedler deixam o ATP 500 de Viena como vice-campeões, depois de não conseguirem contrariar o favoritismo dos britânicos Julian Cash e Lloyd Glasspool, números dois e um do ranking mundial de pares, numa final que durou 70 minutos e ficou resolvida com os parciais de 1-6 e 6-7 (6/8), desfavoráveis ao duo luso-austríaco que salvou um match point no tie-break, perante um estádio repleto.
Embora com mais pontos ganhos com o segundo serviço (14 em 20), Cabral, 27.º da hierarquia, e Miedler (29.º) não criaram oportunidades para quebrar o serviço ao duo britânico que lidera o PIF ATP Doubles Team Rankings e que, por seu turno, não desperdiçou os dois breakpoints criados.


Em busca do 27.º encontro ganho nos 40 disputados, desde que firmaram parceria em Marraquexe, no final de março deste ano, Francisco Cabral e Lucas Miedler – a jogar em casa, o austríaco lutava ainda pelo 100.º triunfo da carreira na variante – disputavam o terceiro troféu de campeão, depois das vitórias nos ATP 250 de Gstaad e Hangzhou, naquela que era a quarta final conjunta no circuito principal, dado que também foram finalistas nos pisos norte-americanos de Winston-Salem.
Se para o austríaco esta perfilava-se como a oportunidade de se tornar no terceiro jogador no ativo a conquistar três títulos em Viena, para o portuense uma vitória aqui garantia-lhe um lugar isolado na história do ténis português, como o tenista com mais títulos ATP (singulares ou pares). Desta forma, Cabral, que conta ainda com troféus no Estoril Open (ao lado do compatriota Nuno Borges) e em Gstaad (com Tomislav Brkic), conquistados em 2022, vai continuar empatado com o já retirado João Sousa, quatro vezes campeão ATP de singulares e o primeiro tenista luso a fazê-lo.
No entanto, Francisco Cabral, que totaliza 32 títulos internacionais de pares - ITF (13), Challengers (15) e ATP (4) –, deverá tornar-se no português com melhor ranking de sempre, sendo que até, este domingo, estava igualado com Sousa que, além de 28.º nos singulares, fora 26.º nos singulares, também a melhor classificação de Cabral.
Foto: Erste Bank Open