A tarefa de Henrique Rocha diante do dinamarquês Elmer Moller não se perfilava fácil, não fora o nórdico o detentor do título do Braga Open. E a prová-lo esteve o desaire o número três nacional, ao fim de 2.31 horas de batalha intensa com o campeão de 2024, ao ceder 7-6 (7/2), 3-6 e 1-6 diante do quarto favorito nos oitavos de final deste ATP Challenger 75 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no Clube Ténis de Braga.
O primeiro set só ficou decido no tie-break, depois de Henrique Rocha ter desperdiçado oportunidade de fechar o set antes do tira-teimas. O portuense, aliás, foi o primeiro a quebrar o serviço ao 122.º mundial, que já esteve mesmo à porta do top-100 (102.º) em julho deste ano, após sagrar-se campeão em Isasi, meses depois de ter sido feliz no Oeiras Open 4, outro dos ATP Challenger promovidos pela FPT no Jamor. Mas o português precisou de mais breaks e contrabreaks até se colocar na frente no set inaugural.



No segundo, a troca de quebras de serviço pautou o início do parcial e deixou Moller na frente do 163.º mundial. Agarrado à vantagem, o dinamarquês ficou em situação de equilibrar a contenda no jogo de serviço de Henrique e não desperdiçou a oportunidade, arrastando a decisão para um terceiro set.
Mais breaks e contrabreaks, de um total de 11 salvos dos 20 enfrentados, marcaram o arranque do terceiro parcial. Só que enquanto Henrique quebrou por cinco ocasiões o serviço do dinamarquês, Moller assinou nove breaks e ainda obteve melhor registo no serviço, com 61% de pontos ganhos com o primeiro. A acusar o desgaste desta montanha-russa, que arrastava a tensão de uma intensa final perdida no Lisboa Belém Open, Henrique disse adeus à Cidade dos Arcebispos, onde Jaime Faria é o único português em prova nos singulares.