Três títulos em outras tantas finais disputadas em solo português. É esta a história que resume a passagem de Elmer Moller, 147.º do ranking mundial, pela oitava edição do Maia Open, derradeiro ATP Challenger 100 da temporada que a Federação Portuguesa de Ténis promoveu no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
Campeão no Braga Open, em 2024, onde se estreou a vencer no circuito challenger, o nórdico, de 22 anos, voltou a saborear o êxito nos pisos ocres lusos, esta primavera, no Jamor, no Oeiras Open, e este domingo levou a melhor sobre o eslovaco Matej Martin, de 26 anos, que já foi 93.º mundial, numa final que durou 76 minutos e foi selada com os parciais de 6-4 e 6-1, proporcionando bons momentos de ténis ao muito público que acorreu ao complexo, entre eles o já retirado João Sousa, o melhor tenista nacional de todos os tempos.
Martin foi o primeiro a tomar a dianteira do marcador, através de um break (2-0), mas o jovem dinamarquês não perdeu tempo e retorquiu na mesma moeda, equilibrando a contenda e reforçando, com nova quebra de serviço ao quinto jogo, a maior frescura (3-2). A dança de breaks e contrabreaks estava longe de terminar. O dinamarquês foi o último a rir no set inaugural, com três winners providenciais no nono jogo (5-4) para ficar a servir para fechar o parcial. Ávido em materializar a semana de sonho, na qual pela primeira vez passou as meias-finais maiatas, o qualifier de 36 anos salvou um setpoint, mas à segunda oportunidade de fechar o parcial, Elmer Moller não vacilou e, ao fim de 48 minutos, fechou o parcial com 6-4.
Embalado, o nórdico manteve-se na senda do sucesso frente ao adversário que, em 2020, integrou o top-100 (93.º). Com erros diretos, a assumida encruzilhada que Matej Martin, de 36 anos, diz viver na carreira apareceu foi surgindo a espaços. E nos momentos decisivos foi Moller a manter viva a magia que teve nas duas finais challenger anteriores em solo nacional. Rapidamente chegou ao 4-0, quebrando duas vezes o jogo de serviço do adversário e, em velocidade cruzeiro, com 24 winners assinados, 21 erros não forçados, face aos 10 pontos ganhantes e 21 de erros diretos de Martin, o dinamarquês fez a festa de braços no ar, distribui sorrisos e muitas toalhas depois correr para abraçar a irmã, que assistiu à final e à glória de Moller que, como prometido, cumpriu o prometido no início da semana em ditar umas palavras na língua de Camões.










