Pelo quarto ano consecutivo, Francisco Cabral chega à segunda ronda de pares de Wimbledon, desta vez com Lucas Miedler por parceiro. Ao lado do austríaco com o qual firmou parceria no ATP de Marraquexe no final de março, o número um português de pares levou a melhor sobre o norte-americano Rajeev Ram e o britânico Jamie Murray, antigo número um mundial da variante e que conta com dois títulos do Grand Slam de pares (Open da Austrália e US Open) e uma final no major caseiro.
Depois de salvar setpoints no tie-break, o duo luso-austríaco, que atingiu meias-finais no ATP 250 de Estugarda e no ATP 500 de Halle, na preparação para a estreia na catedral da relva, selaram a vitória com os parciais de 7-6 (12-10) e 6-3, selados com um ás e celebrados com o portuense, 40.º mundial, a erguer o mais baixo companheiro de pares (47.º da ATP), com quem conquistou o 29.º e 30.º títulos da carreira no ATP Challenger 100 de Madrid e ATP Challenger 175 de Bordéus, ambos em terra batida.
Cabral e Miedler, que conta com 49 troféus no currículo, assinaram oito ases, foram superiores no serviço, com 37 pontos ganhos com o primeiro e 18 no segundo, tendo escapado aos dois breakpoint enfrentados e selado um dos quatro criados. A dupla luso-austríaca registou 13 winners face aos seis pontos ganhantes dos adversários. Os checos Petr Nouza e Patrick Rikl são os adversários que se seguem.
As cores nacionais ainda voltam à relva londrina, esta quinta-feira, quando Nuno Borges – um dia após ter-se tornado no único português a chegar à terceira ronda de singulares de todos os Grand Slam – entrar em court ao norte-americano Marcos Giron, 46.º mundial, para medir forças com o par neerlandês constituído por Robin Haase e Jean-Julien Rojer, este último ex-n.º 3 e campeão londrino em 2015, entre os três troféus da vitória em major (Roland Garros-2022 e US Open-2017).