É já nesta madrugada de terça-feira, nunca antes da 1.00 horas em Portugal Continental, que Francisco Cabral e Nuno Borges vão jogar para mais um passo na história do ténis nacional em Grand Slams, no Open da Austrália mais especificamente. A dupla portuguesa está, pela primeira vez nas carreiras dos seus protagonistas, nos quartos de final, mas ambiciona juntar-se a João Sousa, o único dos lusos a ter disputado as meias-finais no Melbourne Park. Recorde que as alcançou com o argentino Leonardo Mayer por parceiro, em 2019.
“Estar nos quartos de final é uma sensação excelente e ser com o Nuno torna tudo mais especial”, sublinhou Francisco Cabral em declarações à Lusa após ter atingido inéditos quartos de final, igualando o feito que Nuno Marques, em parceria com o belga Tom Vanhoudt, estabeleceu em 2000.
Borges e Cabral jogam na Kia Arena, um dos palcos principais do Grand Slam inaugural de 2025, e terão pela frente os italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori, vice-campeões do Open da Austrália e de Roland Garros na passada temporada. O portuense especialista nesta variante tem consciência de que ele e o amigo Borges, apesar de detentores de 16 troféus internacionais, sendo o mais importante o do Estoril Open-2022, não terão tarefa facilitada.
“São uma dupla muito completa, umas das melhores do mundo e da última época. Espero um jogo de alta intensidade e vamos ter de estar no nosso melhor para termos as nossas chances”, declarou Cabral, sem perder a confiança: “Sempre disse que, quando estamos bem e conectados um com o outro, podemos ser uma dupla muito boa e esta semana está a ser uma prova disso”, vincou 76.º classificado do ranking de pares.
Borges e Cabral são a primeira dupla 100% portuguesa a chegar tão longe em majors, no entanto, Nuno Marques, como já referido, foi quartofinalista no Open da Austrália em 2000, tal como João Sousa no Open dos Estados Unidos em 2015, 2019 e 2022, sendo que o vimaranense ainda atingiu as meias-finais no Melbourne Park, em 2019.