Rodeado de crianças em busca de autógrafos, Frederico Silva deixou o court central cansado, mas com sorriso rasgado depois de ganhar mais uma das habituais maratonas para seguir em frente no Maia Open. “Só 2.58 horas, nem chegaste às três horas?!”, brincava André Lopes, treinador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis que tem acompanhado o jogador das Caldas da Rainha, enquanto congratulava o pupilo pelo êxito, mais um em jeito de longa batalha.

A desta terça-feira levou o número quatro português (253.º) aos oitavos de final do derradeiro ATP Challenger realizado em solo nacional, após os parciais de 3-6, 6-3 e 7-5 sobre o italiano Federico Bondioli (398.º). Com as bancadas do court central do Complexo Municipal de Ténis da Maia compostas e envoltas em ambiente patriótico, em jeito de Taça Davis, Frederico Silva galvanizou-se para salvar breakpoint e ele próprio quebrar o serviço do também canhoto que já se queixava de cãibras.

Para gáudio do público e dos pais, Isidro e Manuela, que não perderam pitada do sucesso do tenista de 30 anos, Kiko juntou-se ao compatriota Henrique Rocha na segunda ronda. Terá pela frente Jan Choinski, 128.º mundial e principal cabeça de série deste ATP Challenger 100.