A maratona foi longa, mas ao fim de 2.39 horas, Henrique Rocha seguiu o exemplo do amigo e companheiro de treinos, Jaime Faria, para também ele entrar a ganhar no qualifying do US Open, no qual perdeu na estreia o ano passado. Desta vez, o portuense, de 21 anos, deu um passo em frente para manter vivas as aspirações de juntar-se a Nuno Borges, o único luso com entrada direta no quadro principal de singulares – Francisco Cabral teve via verde para a prova maior de pares.
Rocha defrontou o experiente francês Pierre Hugues-Herbert, atual 139.º de singulares e ex-36.º, e com melhor currículo ainda nos pares, variante na qual foi número dois mundial e tem, pelo menos, um título de cada um dos quatro majors. Apesar dos pergaminhos do gaulês, Rocha celebrou com os parciais de 6-4, 6-7 (1/7) e 6-4.
O jovem português, 168.º mundial, foi autor de sete ases e enfrentou 11 serviços sem resposta do francês que não conseguiu aproveitar as duas únicas oportunidades de quebrar o jogo de saque de Henrique. Por sua vez, o portuense criou 16 breakpoints e capitalizou dois deles. Apesar dos sete winners – menos quatro do que Herbert – Rocha cometeu apenas dois erros diretos face os nove do adversário de 34 anos.
Foto: Beatriz Ruivo/FPT