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Campeonato Nac. Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto

Surpresas de Guilherme Valdoleiros e Daniel Batista

Se na meia-final da parte superior do quadro masculino de singulares do Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto imperou a lei dos pré-designados, a segunda semifinal tem por protagonistas os autores das surpresas nos quartos de final: Guilherme Valdoleiros e Daniel Batista. Afinal foram estes os tenistas que contrariaram o favoritismo de Pedro Araújo (2.º) e Diogo Marques (4.º), respetivamente.

“Gostamos ambos de pontos muito longos, sabia que ia ser duro, joguei contra ele na CT Porto Cup e levei uma lição para casa, acho que foi 0-6 e 1-6. Hoje, mal ganhei dois jogos senti que, pelo menos, já tinha ganho mais do que da última vez [risos]. Em termos de ranking foi a melhor vitória da minha carreira e fico contente”, comentou Valdoleiros após duplo 6-2 sobre Araújo. “Vi que estava a falhar mais pontos do que o costume e tentei tirei partido dessa situação. Consegui controlar os nervos no final, estava um bocadinho nervoso”, admitiu o jogador da ET Maia.

A “dar uma oportunidade à carreira de tenista” depois de completar os estudos de Engenharia Mecânica nos EUA, o jogador de 25 anos confia na decisão tomada. “Acredito que, seja qual for a área da nossa vida, se formos aplicados e trabalharmos bem, seremos bem-sucedidos e eu queria tentar isto no ténis. É uma batalha diária para ser disciplinado. É mais apetecível acordar às 7.00 h da manhã para vir treinar e jogar, dizer uns ‘Vamos’ do que estar num escritório. Sou grato aos meus pais por me ajudarem nesta fase inicial, enquanto me aplico com afinco no ténis”, exultou Guilherme, satisfeito encontrar um amigo do outro lado da rede no Jamor.

“Conheço bem o Dani, desde que sou pequenino, somos bastante amigos. Mal soube que ganhou ao Diogo [Marques], que é um favorito, fiquei muito contente por ele. Tem passado muito tempo lesionado. Estou contente, assim um de nós vai à final. Vamos ver como corre amanhã, mas dar o máximo” prometeu.

Com a sua “tuga college” concluída, assim descreve Daniel Batista, em tom de brincadeira, a licenciatura em Ciências do Desporto, especialização em ténis, terminada em junho passado sem sair do País, o tenista do CIF celebrou o com 6-1 e 7-6 (7/2) a quinta vitória no Nacional Absoluto no qual iniciou caminhada no qualifying.

“Pode considerar-se uma surpresa por ter sido um bocadinho mais desequilibrado da outra vez, na Beloura, mas aqui o contexto foi diferente e ganhei eu. Tive mérito pela forma como planeei a partida. Há três semanas, tentei impor mais o meu ritmo, jogar mais com a minha direita e forçar pela velocidade de jogo, hoje optei por fazer um ténis mais feio. Sabia que o segundo set não seria de 6-1 como o primeiro. O Diogo é muito competitivo, ia arranjar alternativas para me contrariar, por isso vitória chegou depois de um bocadinho de sofrimento”, analisou Batista.

Aos 25 anos e com “muitos momentos de pára e arranca na carreira” que teve início aos 11 anos, Daniel Batista não se deixou travar por “ninguém dar nada” por ele. “Tinha o sonho de ser jogador profissional de ténis. Durante um ano e meio ou dois fiz os primeiros pontos ATP, atingir a final num future de 15 mil, mas nunca cheguei a competir um ano completo devido às lesões. Até aos 20 anos se joguei seis meses seguidos foi muito. Depois veio a Covid, optei por fazer o ‘college tuga’ [risos], conciliando estudos com treinos e torneios nacionais. Só no verão é que jogava mais torneios internacionais. Com os estudos terminados, tenho estado estável fisicamente. Já não competia sete meses seguidos há cinco ou seis meses. Estou à procura do meu jogo e estou feliz. Vim para o Nacional para fazer o maior número de partidas possível e ver até onde o meu corpo aguenta.”

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