Matilde Jorge (Foto: ITF)
Novembro 15, 2025

Matilde Jorge perde com debutante Leme da Silva

Tal como na véspera, coube a Matilde Jorge ser a primeira das portuguesas a entrar em ação no Domain Tennis Centre, de Hobart, na ilha australiana da Tasmânia, desta feita para o segundo duelo do grupo E diante do Brasil no play-off de apuramento para os Qualifiers de 2026 da Billie Jean King Cup by Gainbridge.

Com as canarinhas desfalcadas da estrela maior entre as mulheres, Bia Haddad Maia, o capitão brasileiro Luiz Peniza quis surpreender chamando a debutante Nauhany Leme da Silva, 672.ª do ranking, com 15 anos, para abrir a eliminatória frente à número dois lusa (255.ª), favorita neste embate lusófono nesta que é a 21.ª vez que representa as cores nacionais na mais importante competição feminina por equipas.

Com o sol a tomar o lugar da chuva e do frio da véspera, encerrada com o desaire diante da Austrália (0-3), Portugal entrou no court como segunda classificado do grupo, no qual apenas o primeiro classificado se apura para a fase final em 2026.

Matilde Jorge, de 21 anos, cedo se apercebeu da intensidade do jogo da desconhecida adversária que não vacilou quando enfrentou três breakpoints no arranque da partida. Leme da Silva escapou aí, mas não no jogo de serviço seguinte com a vimaranense a quebrar em branco (3-2), e a consolidar depois (4-2) com um ás. A portuguesa geriu a vantagem até acusar a pressão quando servia para fechar o set e enfrentar dois breakpoints e com uma dupla-falta perdeu mesmo a oportunidade de selar o parcial (5-5).

Nauhany Victoria Leme da Silva e  Matilde Jorge (Foto: ITF)

A aguerrida Nauhany Leme da Silva viu ali oportunidade e colocou o Brasil na frente (5-6), deixando a minhota a servir para não perder o set. Matilde enfrentou três setpoints e cedeu o primeiro parcial (5-7), ao fim de 51 minutos.

E foi a debutante quem continuou a aproveitar as falhas da portuguesa que, perdulária no serviço, deixou a adversária passar para a frente (0-2). A portuguesa reduz para 1-2, devolvendo o break e chamando o fisioterapeuta Rodrigo Palma ao court para ser assistida ao ombro. O cenário estava a ficar feio para as cores lusas e, ao fim de 1.30 horas de duelo, o 4-6 ditou o fim do set e o primeiro ponto do confronto a ir para o Brasil.

O Brasil (21.º da hierarquia por equipas) chegou aos quartos de final em 1965 e em 1982 na prova, enquanto Portugal (30.º) tem a presença na segunda ronda em ano de estreia (1968) como melhor resultado. Enquanto a congénere sul-americana procura uma quinta presença nos Qualifiers em outros tantos play-off disputados, a Seleção Nacional tinha ali uma cartada decisiva para repetir o feito assinado por Sofia Prazeres, Joana Pedroso e Tânia Couto que jogaram o Grupo Mundial em 1991, na então designada Taça Federação.