A sentir-se “bastante feliz” após a primeira vitória da carreira no Oeiras CETO Open, Matilde Jorge explicou como se reencontrou com os sucessos a solo na terra batida portuguesa, esta quarta-feira, no ITF W100 promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no Clube Escola Ténis de Oeiras.
Depois de há um ano ter sido derrotada pela espanhola Angela Fita Boluda, atual 232.ª do ranking, no ITF W35 de Getxo, a vimaranense (295.ª) justificou o wild card que lhe abriu as portas no quadro principal, operando uma reviravolta até selar vitória com os parciais de 4-6, 6-1 e 6-4.
“Apesar de ter perdido o primeiro set, entrei bem, a ganhar 4-1, graças a alguns erros dela, é verdade, mas senti que estava bastante sólida. Ela elevou o nível e eu fechei-me, não consegui impor o meu ténis e com mérito ela ganhou o set. Mas sabia por onde ir, onde explorar o jogo e tentei seguir esse plano e consegui fazê-lo nos sets seguintes. Segui o plano certo”, analisou a número dois portuguesa de 21 anos.
Primeira portuguesa a ganhar no quadro principal de singulares – a irmã Francisca Jorge jogou de seguida -, a vimaranense agendou partida nos oitavos de final com a belga Greet Minnen, 90.ª mundial e única top-100 do torneio que se ocupou da húngara Luca Udvardy, com 7-5 e 6-0. Apesar da condição de primeira cabeça de série da adversária, de 27 anos, Matilde está confiante.
“Vi-a a jogar na Lituânia [na Billie Jean King Cup], é bastante completa, entra bem para a rede. Só tenho de dar o melhor e ser competitiva. Se fizer tudo bem, sou uma jogadora difícil de derrotar, só tenho de acreditar em mim”, desdramatizou a portuguesa, vinda da revalidação do título de pares no WTA125, no Jamor, ao lado da irmã Francisca.
No CETO, vimaranenses também são as campeãs em título na variante e entram hoje em campo para se manterem na corrida ao 22.º troféu conjunto. “Estamos mais leves mentalmente. Sempre que entramos em campo é para ganhar, estamos bem encaminhadas também nesta semana”, afiançou, confiante.
(Foto: Beatriz Ruivo/FPT)