Luka Mikrut foi o primeiro dos jovens finalistas a garantir lugar na decisão, naquele que será o primeiro duelo com Vilius Gaubas, lituano que se sente a jogar em casa quando está Portugal, país que foi durante os anos em que se treinou no Algarve.
Ainda assim, o croata, de 21 anos, que o mês passado se estreou como campeão de challenger em Como acredita assume-se pronto, mesmo tendo ganho em três sets.
“Estou muito contente pela vitória, de novo em três sets, mas é sempre melhor ganhar em três do que perder em dois [risos]. Senti que o primeiro set foi bom, foi muito importante salvar os breakpoints no início do segundo para o desfecho do encontro”, resumiu Mikrut, satisfeito com o ambiente em que jogou, não obstante o sol ter-se escondido no céu da cidade dos Arcebispos.
“Não esperava tanta gente nas bancadas por ser sábado e cedo, mas foi bom ter tanto público a desfrutar de ténis e a puxar ora por um, ora por outro jogador”, vincou o simpático croata, com planos para a tarde que passavam por outro desporto…
“Só quero deitar-me na minha cama no hotel e ver o meu clube de futebol, o Hajduk Split, a jogar. É a segunda coisa mais importante deste dia a seguir ao meu jogo, claro [risos]. Depois é preparar-me para a final, tenho de estar pronto para jogar um longo encontro”, reconheceu quem, pelo sim, pelo não, esteve no camarote a assistir à segunda semifinal para ver o que o espera este domingo.
Embora com o estômago aconchegado, Vilius Gaubas ainda não tinha tido tempo para processar a vitória e uma segunda presença pela segunda semana consecutiva. “Sei que tenho uma final amanhã, mas estava a falar com o meu treinador sobre isso. A primeira semana até estava à espera, na segunda foi estranha. Espero desfrutar amanhã”, disse.
“Não posso dizer que foi um encontro fácil, o meu oponente está sempre na luta, é um grande competidor, mas hoje mantive o nível constante, enquanto nos duelos anteriores, mesmo estando a jogar bem, tive altos e baixos, hoje fui sólido”, analisou.
Num país que considera um pouco seu e com uma bandeira lituana nas bancadas, Gaubas disse sentir-se ainda mais me casa. “No primeiro set, ouvi palavras em lituano a apoiar-me, e olhei para o público e vi a bandeira da Lituânia. Disse para mim mesmo que ia tentar fazê-los desfrutar do momento. No final, falei um pouco com eles, vivem no Porto há sete anos, foi um momento feliz.”
Sobre a final: “Não vai ser fácil, de certeza. Ele tem jogado a nível elevado, serve bem, tem direita forte. Jogámos no Orange Bowl, quando eramos juniores, perdi. Jogámos tão mal e já nos rimos sobre isso. Amanhã será duro e vamos tentar divertirmo-nos”.
Mikrut ia aproveitar a tarde para ver futebol, os planos de Gaubas são mais gastronómicos. “Depois de ir ao fisioterapeuta, vou descansar no hotel e fazer uma boa refeição no mesmo restaurante, temos ido lá todos os dias, têm bons bifes e vamos lá de novo”.