A igualar as 32 eliminatórias disputadas por Michelle Larcher de Brito ao serviço de Portugal, tornando-se assim a segunda jogadora lusa que mais vezes integrou a Seleção Nacional na Billie Jean King Cup – Ana Catarina Nogueira detém o recorde -, Francisca Jorge entrou no court, em Hobart, com garra e a quebrar o serviço a Maya Joint que, aos 19 anos, é 32.ª mundial e número um das australianas.
A vimaranense, de 25 anos e 202.ª mundial, soube capitalizar os erros não forçados da adversária para manter o comando do marcador até ao 4-2. A consistência da portuguesa e as variações de jogo iam acalentando a esperança lusa. Kika enfrentou três breakpoints no jogo de serviço e com direitas cruzada, anulou duas das ameaças, mas à terceira o 4-4, relançou a top-40 na partida.

Acompanhadas do treinador Miguel Sousa e do fisioterapeuta Rodrigo Palma, as jogadoras no banco entoavam cânticos de apoio a Jorge que, ainda assim, viu Joint selar o set e mostrar porque conquistou, em 2025, Rabat e Eastbourne, bem como foi semifinalista precisamente em Hobart, Seul e Hong Kong.
Cedido o primeiro parcial (5-7), Francisca Jorge, que ganhou seis dos sete encontros disputados na BJKC, dois deles em abril, no Grupo I da zona Europa/África, não baixou os braços, mas a australiana fez o break ao 3-1 e consolidou em ritmo acelerado. A oito vezes campeã nacional quebrou o serviço à 32.ª mundial e equilibrou o set (4-4), não obstante o frio que levou os termómetros aos 13 graus.
A servir para manter-se no jogo, a portuguesa obrigou Joint a correr por cada ponto (5-5), mas duplo 5-7 ditou o sucesso da Austrália na eliminatória (2-0), sete vezes campeã na mais importante competição feminina por equipas.