O sorteio dos quadros principais de singulares de Wimbledon já ditou o veredito inicial para Nuno Borges, o único com entrada direta, e Jaime Faria, que passou o crivo do qualifying para fazer a estreia na prova maior do Grand Slam da relva, no qual Francisco Cabral é o terceiro representante das cores nacionais, mas jogando exclusivamente no torneio de pares.
A jogar pela quarta vez no All England Club, Nuno Borges vai ter um reencontro, cujo desfecho, por certo, o número um português, 37.º do ranking mundial, espera diferente do de 2023, quando mediu forças com o argentino Francisco Cerundolo, 18.º da hierarquia, e perdeu na ronda inaugural. O maiato procura ainda a primeira vitória no quadro principal da quinzena londrina, sendo que, na estreia, em 2022, cruzou a fase de qualificação, tendo sido afastado na 1.ª ronda.
Todavia, Borges vai chegar a Wimbledon depois de conseguir o melhor resultado na superfície, dado que atingiu os quartos de final no ATP 250 de ‘s-Hertogenbosch, torneio neerlandês em que só foi travado pelo francês Ugo Humbert (20.º do ranking e 2.º favorito).
Menos experiente, mas a mostrar que a relva é uma superfície que assenta bem no seu ténis, Jaime Faria, 117.º da hierarquia ATP, vai medir forças, pela primeira vez, com o italiano Lorenzo Sonego, 48.º da tabela ATP em que figurou na 21.ª posição. O tenista que integra o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de ténis compete, pela segunda vez, na conhecida catedral da relva depois de, na edição passada, perdeu na ronda inaugural do qualifying com o amigo e compatriota Henrique Rocha, este ano afastado na segunda ronda do qualifying.
Com cinco partidas ganhas na relva, o lisboeta, de 21 anos, chega ao All England Club depois de ter atingido os quartos de final no ATP Challenger de Nottingham naquela superfície. Sonego nunca foi além da segunda ronda em Wimbledon, mas entre os quatro títulos conquistados no circuito principal figura um na relva de Antália, na Turquia, em 2019.
No quadro de pares, Francisco Cabral (40.º mundial de pares) e o austríaco Lucas Miedler, que atingiram meias-finais no ATP 250 de Estugarda e no ATP 500 de Halle, torneios de preparação para este Grand Slam, têm encontro marcado com o britânico Jamie Murray – curiosamente antigo n.º 1 mundial da variante com quem o português tentou parceria alongada em 2022 – e o norte-americano Rajeev Ram.
Nuno Borges firmou parceria com o norte-americano Marcos Giron, 46.º mundial, e vai encontrar a dupla neerlandesa constituída por Robin Haase e Jean-Julien Rojer, este último ex-n.º 3 e campeão londrino em 2015, entre os três troféus da vitória em major (Roland Garros-2022 e US Open-2017).